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Templo românico do século XII, em Melgaço, será palco este sábado de mais um concerto “Sente a História”

2018-07-19

A história e a cultura do concelho de Melgaço vão estar em destaque este sábado, dia 21 de julho. Às 22h, o Mosteiro de Fiães, um templo românico classificado como Monumento Nacional que fica a 600 metros de altitude e que foi construído na primeira metade do século XII, vai servir de palco à atuação de 65 músicos, alguns dos quais profissionais que atuam em bandas do Exército, G.N.R. e P.S.P, da Banda Musical da Casa do Povo de Tangil, que com orientação do maestro Daniel Óscar Lobato Vieira vão mostrar rigor e precisão, tendo como forte aliada a criatividade.
A iniciativa decorre no âmbito do projeto "Sente a História – Ação Promocional de Música & Património – Novas Abordagens, Novos Talentos” que, até julho de 2019, vai realizar 30 concertos em 30 locais históricos do Alto Minho, envolvendo mais de 1500 músicos e 10 municípios. 
Também no sábado, às 17h, vai realizar-se uma visita guiada ao Espaço Memória e Fronteira de Melgaço, que é dedicado à preservação da história recente do concelho, relacionada com o contrabando e a emigração. Ali são retratados momentos relacionados com a emigração, suas causas, a viagem de partida, a vivência no país de acolhimento e o regresso – os reflexos e presença destes fenómenos sociais no concelho de Melgaço e na generalidade dos concelhos portugueses da raia.
Tanto o concerto como a visita guiada têm entrada gratuita.

Sobre a Banda Musical da Casa do Povo de Tangil
A Banda Musical da Casa do Povo de Tangil foi fundada em 6 de agosto de 1838, na festa do Divino Salvador, Padroeiro da freguesia de Tangil (concelho de Monção, distrito de Viana do Castelo), motivo pelo qual se chamou durante muitos anos, Banda de Música do Divino Salvador de Tangil.
A história desta banda musical é rica e recheada de episódios curiosos de amor à música, à cultura e à freguesia de Tangil. Em 1970 passou a chamar-se Banda Musical da Casa do Povo de Tangil e a usufruir das suas instalações como sede.
Em Maio de 1997 foi agraciada pela Câmara Municipal de Monção com a medalha de ouro do Município, sendo considerada Instituição de Mérito no campo cultural.
Participa em festas e romarias tradicionais, mas sem nunca esquecer os festivais nacionais (Monção, Viana do Castelo, Pêro Pinheiro – Sintra, Alcanede – Santarém, Pousos – Leiria) e internacionais ( Tui – Galicia, O Rosal – Galicia, Salvaterra – Galicia, Ínsua de Grês – S. Tiago de Compostela – Galicia) de bandas filarmónicas. Atua um pouco por todo o país, mas deve dar-se destaque às visitas que tem feito a Espanha e à Vila de Tarascon -Sur- Ariège – França.
Em 2004, lançou o seu primeiro CD e participou no programa televisivo "Praça da Alegria” da RTP1.
No ano de 2008, foi editado o 2º CD, intitulado ‘Homenagem ao Maestro António Lages’.
Em 2016, lança o seu 3º CD, denominado "Marchas de Sempre” e publica o livro com reportagem histórica e fotográfica.
A Banda possui uma escola de música com cerca de 40 alunos, sendo que alguns elementos criados na Escola de Música, fazem hoje parte como músicos profissionais, de bandas do Exército, G.N.R. e P.S.P..
A Banda é constituída por 65 elementos, tendo sido seu regente desde 1976 até ao ano de 2012 o maestro António César Carreira Gonçalves Lages, natural e residente em Tangil.
Professor de clarinete na Escola de Música da Banda e componente da Banda da G.N.R. do Porto, é atualmente regente da Banda o maestro Daniel Óscar Lobato Vieira, natural da freguesia de Tangil.

Sobre o "Sente a História”
O programa cultural "Sente a História – Ação Promocional de Música e Património – Novas Abordagens, Novos Talentos” apresenta características inéditas no país. Centrado na capacitação, valorização e no desenvolvimento de competências de diferentes gerações de músicos locais, bem como na criação de novos talentos, o programa decorre de 13 maio de 2018 a 20 de julho de 2019 e envolve os municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.
Além de permitir uma experiência de história ao vivo, onde a música vai ao encontro da arquitetura dos monumentos, contempla três linhas de programação (bandas filarmónicas, coros e jovens solistas do Alto Minho em contexto de música de câmara), tendo como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.
As bandas filarmónicas, com os novos maestros a garantirem o rejuvenescimento desta arte na sequência das ações de capacitação deste programa, vão atuar em contexto de concerto com interpretações surpreendentes com jazz, rock, hard rock, metal, fado, música barroca, popular ou erudita, em formato acústico ou com o som amplificado.
No que diz respeito aos coros, vai estar também patente o cruzamento da tradição com a inovação. Exemplo disso é o facto de o cantor popular repentista Augusto "Canário” ter escrito as letras das canções que vão invocar as lendas da região. Em paralelo, seis compositores de referência do jazz à música erudita (Afonso Alves, Eurico Carrapatoso, Carlos Azevedo, Fernando Lapa, Mário Laginha e Telmo Marques) compuseram sobre as palavras do sentir tradicional, 10 peças corais polifónicas dedicadas a uma lenda de cada município e, ainda, um Hino do Alto Minho. Vozes de todos os coros da região vão fundir-se no Coro Intermunicipal do Alto Minho, num gran finale a encerrar o projeto em julho de 2019, onde interpretarão todas as canções das lendas e o Hino do Alto Minho.
De modo a fomentar os tesouros patrimoniais do Alto Minho, os dias em que ocorrerem os concertos serão também de património aberto, ocorrendo ainda visitas e tours guiados.   Os horários das aberturas e os locais de interesse a visitar serão divulgados em www.senteahistoria.com, app e nas redes sociais da iniciativa. Em simultâneo irá decorrer um passatempo onde os visitantes poderão registar fotografias suas, tiradas nessas visitas e concertos, habilitando-se a ganhar vouchers para desfrutar em restaurantes da região.
A iniciativa é organizada pela CIM Alto Minho, produzida pela Eventos David Martins e cofinanciada pelo Norte2020 – Programa Operacional Regional do Norte e encontra-se integrada no Ano Europeu do Património Cultural em Portugal.
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