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Seminário “Alto Minho: Desafio 2020” debateu condições de atratividade da região

2012-10-25

O Alto Minho precisa de ter "massa crítica” para ser uma região atrativa. Esta foi uma das ideias avançadas no IV Seminário da iniciativa "Alto Minho: Desafio 2020”, realizado no dia 24 de outubro, em Ponte de Lima, pela Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM Alto Minho) e dedicado ao tema "Como tornar o Alto Minho uma região mais atrativa”.

Com um vasto painel de oradores do mundo empresarial e cultural e de instituições regionais, e cerca de centena e meia de participantes, o seminário procurou debater as determinantes da atratividade da região, para atrair mais habitantes, mais turistas e mais empresas e investidores.

Para Augusto Mateus, coordenador do Plano de Desenvolvimento do Alto Minho – "Alto Minho: Desafio 2020”, "a promoção da atratividade exige uma coerente articulação entre a colaboração na região”, isto é, uma maior organização, parcerias, redes de formação e emprego, mobilidade e marketing territorial. "Sem massa crítica não há sucesso”, afiançou o antigo ministro da Economia, que defendeu um modelo de atratividade global orientado para "o encontro oferta-procura”, tendo por base três tipos de produtos: produtos turísticos para atrair visitantes, produtos de localização residencial para atrair residentes, e produtos de localização empresarial para atrair empresas e investidores.

O seminário foi constituído por dois painéis temáticos moderados por Luís Braga da Cruz, presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, e Paulo Ferreira, subdiretor do Jornal de Notícias, além de uma mesa redonda sobre "As dimensões da atratividade do Alto Minho”. Foram oradores João Seixas, investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; Rui Monteiro, diretor de Desenvolvimento Regional da CCDRN; Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário; Marta Sá Lemos, responsável pelo marketing da APDL; Mário Melchior, da empresa TRW; Francisco Rocha Antunes, diretor-geral da John Neild & Associados; João Pedro Vaz, das Comédias do Minho; Fernando Baptista Fernandes, da APHORT e diretor-geral do Hotel Flor do Sal; Sónia Almeida, da ADERE Peneda-Gerês; Augusto Canedo, diretor artístico da 17ª Bienal de Cerveira; Rui Rodrigues, da VianaLocals - Desporto e Aventura; e Carlos Martins, presidente da direção da ADDICT.

A melhoria da acessibilidade dos turistas desde o aeroporto do Porto até à região do Alto Minho; a disponibilização de serviços e infraestruturas de apoio nas áreas de localização empresarial; uma maior proximidade e intercâmbio entre o mundo rural e urbano; uma aposta na regeneração urbana; a criação de produtos-âncora diferenciadores e identitários do território e a sua promoção junto de segmentos de mercado; assim como a definição de um novo modelo de governação que assuma a responsabilidade de conjugar todas estas intervenções foram outras das condições apontadas pelos palestrantes para aumentar a atratividade da região.

Por seu turno, a intervenção do presidente da CIM Alto Minho, Rui Solheiro, incidiu sobre as perspetivas do período de programação 2014-2020 nos planos europeu, nacional e intermunicipal. Relativamente aos planos nacional e intermunicipal, Rui Solheiro enumerou os "erros graves” do atual QREN a evitar no futuro, entendendo ser fundamental planear, programar, gerir e monitorizar as Políticas de Coesão e a Política Agrícola Comum através de autoridades de gestão sedeadas nas regiões a que se destinam e generalizar os processos de contratualização de programas de ação de desenvolvimento territorial com as correspondentes autoridades regionais. "A proximidade no próximo quadro comunitário deverá ser a condição básica essencial para decidir depressa e bem no combate eficaz e eficiente à gravíssima crise económica e social que vivemos”, concluiu.

A sessão de encerramento foi presidida pelo chefe de Gabinete do secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, Álvaro Santos. Igualmente numa alusão aos futuros instrumentos comunitários de financiamento, cuja discussão e negociação arranca a 8 de novembro de 2012, Álvaro Santos salientou que o Alto Minho "vai já à frente neste campeonato”, com a definição das suas prioridades para este novo ciclo no âmbito do processo de elaboração do seu Plano de Desenvolvimento.

Iniciado em Outubro de 2011 pela CIM Alto Minho, com o apoio técnico da empresa Augusto Mateus & Associados, a iniciativa "Alto Minho: Desafio 2020” pretende traçar as principais linhas de intervenção para a região nos próximos dez anos, num processo de consensualização de objetivos e de prioridades que envolve a participação dos agentes e instituições que intervêm no território, abrangendo a auscultação pública e a recolha de opiniões de especialistas, parceiros sociais, agentes económicos, da população em geral ou da comunidade escolar.

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