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Monção recebe Doppio Ensemble em concerto do ciclo “Sente a História”

2018-06-07
Depois de marcarem presença nas principais salas e festivais nacionais e internacionais, dos quais constam países como Inglaterra, França, Espanha, Itália, EUA e Brasil, o Doppio Ensemble atuará este sábado, dia 9 de junho, na Igreja da Misericórdia de Monção. Composto pela violinista Evandra de Brito Gonçalves e pela pianista Ana Queirós, o projeto musical que existe há mais de 15 anos apresenta um vasto reportório, que abrange obras desde o barroco até aos nossos dias e dedica especial atenção à difusão do nome e obra dos compositores portugueses. 

A iniciativa decorre no âmbito do projeto "Sente a História – Ação Promocional de Música & Património – Novas Abordagens, Novos Talentos” que, até julho de 2019, vai realizar 30 concertos em 30 locais históricos do Alto Minho, envolvendo mais de 1500 músicos e 10 municípios. 

Nesse mesmo dia, às 16h, realizar-se-á uma visita guiada ao Museu do Alvarinho, também em Monção, que inclui uma prova gratuita do referido vinho. Distribuído por diferentes áreas, o espaço proporciona aos visitantes uma autêntica viagem pelo mundo deste famoso néctar, disponibilizando informação interativa sobre a origem, evolução e empresas dedicadas à produção deste verdadeiro ex-líbris do concelho de Monção.

Sobre Evandra de Brito Gonçalves (Violino)
Detentora de um vasto currículo, Evandra evidencia desde muito cedo uma maturidade musical invulgar. Vencedora de vários concursos de violino e música de câmara (Juventude Musical Portuguesa, Prémio Jovens Músicos, Prémio Maestro Silva Pereira, NU Concerto Competition – Chicago, USC Concerto Competition – Los Angeles) estudou em Portugal com Alberto Gaio Lima e Zofia Woycicka.

Com apenas 17 anos, e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Ministério da Cultura, rumou aos EUA para se aperfeiçoar com Gerardo Ribeiro, na Northwestern University onde concluiu o Master of Music e o Certificate in Violin Performance. 

Durante este período foi também assistente na Universidade do referido violinista e pedagogo.
Posteriormente, Evandra foi aceite na University of Southern California, em Los Angeles, como aluna de Robert Lipsett, concluindo o Advanced Studies Degree.

Ao longo da sua carreira, teve o privilégio de contactar com alguns dos maiores violinistas da atualidade, participando em masterclasses com Zakhar Bron, Almita Vamos, Isaac Stern e Augustin Leon Ara.

Como membro da Orquestra de Jovens da União  Europeia, trabalhou com L. Slatkin, M. Rostropovich, Sir Colin Davis,  V. Ashkenazy, Martha Argerich, Emanuel Ax, Bernard Haitink, C. Maria Giulini,  entre outros, apresentando-se nas principais salas de concertos da Europa e América do Sul.

Com uma intensa atividade artística, Evandra foi solista com a Orquestra Sinfonieta, Orquestra Clássica do Porto, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Filarmonia  das Beiras, Orquestra Nacional do Porto e NU Symphonie Orchestra.

Membro fundador do Doppio Ensemble, da Camerata Senza Misura e do TriArt, gravou diversos CDs, entre os quais "Torga: Retratos e Paisagens” (Camerata Senza Misura), "António Vitorino de Almeida: Música de Câmara” (Numérica) e "Canções Lunares” (José Bernardo Silva, Edição de autor), entre outros.

Evandra é mestre em Ciências da Educação pela Universidade Católica do Porto e encontra-se, neste momento, a realizar o doutoramento em Artes Musicais - Performance na Universidade Nova de Lisboa.

Atualmente é membro da Orquestra Nacional do Porto e leciona na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. Leciona, desde 2016, na Escola Superior de Música do Porto.

Sobre Ana Queirós (Piano)
Laureada em concursos nacionais e internacionais, Ana Queirós tem realizado recitais em Portugal (CCB, Festival Internacional de Música do Palácio da Bolsa, Festival de Música de Coimbra, Festival Musica Portuguesa HOJE, Festival de Guimarães, Clubbing/Casa da Música, Festival Internacional de Ópera e Música Clássica de Ponte de Lima, Museu Gulbenkian, entre outros), Brasil (Belém, Vitória, Brasília e São Paulo), Alemanha (Neckargemund Klavierwoche, Heidelberg Klavierwoche, Concertino Weinsberg), Espanha (Barcelona, Coruña, La Guardia),  Itália (Festival Internazionale de Pianoforte Firenze), EUA (Nova Iorque) e Moçambique (Festival Internacional de Música de Maputo). 
Discípula de Pedro Burmester em Portugal, é mestre em Piano Performance pela Manhattan School of Music de Nova Iorque, na classe de Solomon Mikowksy. 

Aperfeiçoou-se em Espanha e Alemanha com D. Bashkirov, V. Margulis, P. Badura-Skoda, V. Viardo, Pierre Réach, Laszlo Simon, Tania Achot e Charles Spencer (interpretação de Lied), entre outros. Estudou em Madrid com Galina Egyazarova. 
Tem atuado sob a direcção de maestros como A. Saiote, V. Pearce de Azevedo, J. Viceiro, K. Waldron e E. Schelle. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, do Centro Nacional de Cultura e da Manhattan School of Music. 

Desenvolve intensa atividade artística, tanto a solo como em música de câmara, sendo fundadora do Doppio Ensemble e do TriArt.  

Mantém um duo a Quatro mãos/Dois pianos com a pianista brasileira Christina Margotto, tendo-se apresentado por toda a Europa. Recentes concertos na Alemanha valeram ao duo, por parte da crítica especializada, os maiores elogios (Heilbronner Stimme e Rhein-Neckar Zeitung).

Gravou ao vivo para a RDP Antena 2, Porto Canal e Rádio Brasília. Tem estreado obras de compositores portugueses e franceses, nomeadamente Jean-François Lézé, Carlos Azevedo e Pedro Faria Gomes. 

É professora da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. Paralelamente à atividade de concertista, é autora de diversos artigos que integram programas de divulgação musical. Frequenta o doutoramento em Artes Musicais – Performance da Universidade Nova de Lisboa.

Sobre o "Sente a História”
O programa cultural "Sente a História – Ação Promocional de Música e Património – Novas Abordagens, Novos Talentos” apresenta características inéditas no país. Centrado na capacitação, valorização e no desenvolvimento de competências de diferentes gerações de músicos locais, bem como na criação de novos talentos, o programa decorre de 13 maio de 2018 a 20 de julho de 2019 e envolve os municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.

Além de permitir uma experiência de história ao vivo, onde a música vai ao encontro da arquitetura dos monumentos, contempla três linhas de programação (bandas filarmónicas, coros e jovens solistas do Alto Minho em contexto de música de câmara), tendo como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.

As bandas filarmónicas, com os novos maestros a garantirem o rejuvenescimento desta arte na sequência das ações de capacitação deste programa, vão atuar em contexto de concerto com interpretações surpreendentes com jazz, rock, hard rock, metal, fado, música barroca, popular ou erudita, em formato acústico ou com o som amplificado.

No que diz respeito aos coros, vai estar também patente o cruzamento da tradição com a inovação. Exemplo disso é o facto de o cantor popular repentista Augusto "Canário” ter escrito as letras das canções que vão invocar as lendas da região. Em paralelo, seis compositores de referência do jazz à música erudita (Afonso Alves, Eurico Carrapatoso, Carlos Azevedo, Fernando Lapa, Mário Laginha e Telmo Marques) compuseram sobre as palavras do sentir tradicional, 10 peças corais polifónicas dedicadas a uma lenda de cada município e, ainda, um Hino do Alto Minho. Vozes de todos os coros da região vão fundir-se no Coro Intermunicipal do Alto Minho, num gran finale a encerrar o projeto em julho de 2019, onde interpretarão todas as canções das lendas e o Hino do Alto Minho.

De modo a fomentar os tesouros patrimoniais do Alto Minho, os dias em que ocorrem os concertos serão também de património aberto, realizando-se ainda visitas e tours guiados. Os horários das aberturas e os locais de interesse a visitar serão divulgados em www.senteahistoria.com, app e nas redes sociais da iniciativa. Em simultâneo irá decorrer um passatempo onde os visitantes poderão registar fotografias suas, tiradas nessas visitas e concertos, habilitando-se a ganhar vouchers para desfrutar em restaurantes da região.

A iniciativa é organizada pela CIM Alto Minho, produzida pela Eventos David Martins, cofinanciada pelo Norte 2020 – Programa Operacional Regional do Norte e encontra-se integrada no Ano Europeu do Património Cultural em Portugal.
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