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Famosa Lenda da Coca ganha versão musical com letra de Augusto Canário e música de Telmo Marques

2019-06-05

O combate épico entre um santo e um dragão será o tema principal de um original concerto que se vai realizar este sábado, dia 8 de junho, na Torre de Lapela, em Monção. No espetáculo musical, protagonizado por 30 músicos do Coral Polifónico S. Teotónio, irá ser apresentada, pela primeira vez, a Canção da Lenda da Coca, que se debruça sobre a famosa lenda local que narra a disputa travada entre São Jorge e o Dragão, designado como Coca. A obra foi encomendada pelo projeto "Sente a História”, contando com música de Telmo Marques e letra do cantor repentista Augusto Canário. 
Para além da Canção da Lenda da Coca (ver história e letra aqui: https://senteahistoria.com/2018/04/05/lenda-da-coca-de-moncao/) o Coral Polifónico S. Teotónio vai apresentar um repertório composto por arranjos corais polifónicos de ícones da música de língua portuguesa e da música pop internacional.
A iniciativa "Sente a História” está a realizar 30 concertos em 30 locais históricos do Alto Minho, envolvendo mais de 1500 músicos e 10 municípios. Este é já o vigésimo sexto concerto da iniciativa, que tem como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.
Além de permitir uma experiência de história ao vivo, onde a música vai ao encontro da arquitetura dos monumentos, a iniciativa "Sente a História” contempla três linhas de programação (bandas filarmónicas, coros e jovens solistas do Alto Minho em contexto de música de câmara).
Antes do concerto, pelas 21h30, realiza-se a visita guiada e animada à Torre de Lapela, que é o que resta de um antigo castelo, existente já no reinado de D. Fernando, mas que terá sido demolido por volta de 1709 para que os seus materiais fossem utilizados nas obras das defesas de Monção.
O concerto e a visita têm entrada gratuita.

Sobre o Coral Polifónico S. Teotónio
A 23 de janeiro de 1985, em Valença, um grupo de pessoas, dirigidas pelo reverendo padre José Maria Pereira do Vale, pároco de Valença, decidiu iniciar uma atividade coral com fins culturais e, ocasionalmente, também litúrgicos.
Em 18 de fevereiro de 1986, dia de S. Teotónio e Feriado Municipal, o Coral fez a sua apresentação pública, com um concerto no salão nobre da Assembleia valenciana.  
Este Coral, já foi galardoado com a Medalha de Prata de Mérito Municipal, pela Câmara Municipal de Valença e, também, com a Medalha de Prata pela Santa Casa da Misericórdia, aquando da comemoração do quinto centenário da sua fundação.
Ao longo destes anos tem sido um veículo de cultura participando em variadíssimas iniciativas, das quais se destacam: XVI Encontro de Coros do Norte de Portugal, em Espinho (1987) e o XVII em Oliveira do Bairro (1988); encontros convívio de coros do distrito de Viana do Castelo, em Afife, Barroselas e Ponte de Lima - tendo organizado o III Encontro em Valença, Festival de Coros em Nigran, Espanha, e outro em Pevidém, Guimarães.
Colaborou nas semanas culturais da Escola Secundária de Valença, da Escola Superior de Ciências Empresariais de Valença, da Câmara Municipal e em espetáculos promovidos por associações culturais locais e dos concelhos limítrofes - não esquecendo as Jornadas Teotonianas, em Monção. 
Atuou, em Lisboa, nos VII e XX Convívios da Liga dos Amigos de Valença.
Participou nos Encontros Internacionais de Coros da Ribeira do Baixo Minho, tendo organizado o 4º, 8º, 12º e 16º. Tem colaborado, ao longo destes anos, nas seguintes festividades: S. Telmo em Tui, Espanha; Senhor dos Esquecidos, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora do Faro, em Valença. Participou na animação litúrgica na freguesia de Cornes - Vila Nova de Cerveira, e Silva em Valença, aquando da transmissão pela TVI. Esteve presente na semana cultural de Paredes de Coura, no encontro de coros em Penacova, em Bueu-Pontevedra (Espanha), em Vila Nova de Anha e no XXVI Intercâmbio de Corais de Mortágua. Participou, ainda, no I Encontro de Coros da Eurocidade Valença-Tui. Organizou, no ano passado, em parceria com a Câmara Municipal de Valença, o II Encontro de Coros da Eurocidade Valença-Tui.
Atualmente, este Coral é constituído por cerca 30 elementos sob a direção artística de Ivone Ribeiro.

Sobre a Maestrina Ivone Ribeiro
Ivone Ribeiro é natural de Monção, onde iniciou os seus estudos musicais aos 7 anos de idade.  Aos 16 anos ingressou na Academia de Música de Viana do Castelo, na Classe de Piano do professor Luís Pipa.  Em 1988, ingressou no Conservatório de Música do Porto, onde concluiu o curso complementar de Música. 
Em 1989 ingressou na Escola Superior de Educação do Porto, onde concluiu a Licenciatura em Educação Musical, bem com obteve um Diploma de Estudos Superiores Especializados. No âmbito da Licenciatura destacam-se na sua formação os docentes Graça Mota, Graça Palheiros, António Pinho Vargas, Carlos Azevedo, Francisco Monteiro e Borges Coelho.  Frequentou ainda cursos com Jos Wuytack e Jonh Paynter. 
Em 1992, participou na gravação das cassetes "Canções de Mimar” com Jos Wuytack.
Participou em várias "Escolas de Outono” do Centro de Investigação em Psicologia da Música e Educação Musical na Escola Superior de Educação do Porto.
Em 2005, gravou com um grupo de alunos o CD "Meninos Cantores”.   Este projeto fez parte de uma candidatura a património imaterial da cultura à Unesco. 
Ao longo da sua formação fez diversos cursos no âmbito da direção coral com maestros como Borges Coelho, Larisa Fedorenko, Edgar Saramago, Artur P. Maria, Jonh Roos e Vianey da Cruz.
Entre 1993 e 2002 foi diretora artística do Coral Santa Luzia –  Monção.
No âmbito do projeto de Rita Nicolau "Habito em Ti Valença”, escreveu a canção "Estrela Amuralhada".   Compôs um arranjo e dirigiu a Ópera Escolar "A Construir Valença", a partir da Ópera de Hindemith "Wir Bauen Eine Stadt”, na qual envolveu 120 alunos do ensino regular e artístico especializado da Música.
A título de voluntariado tem colaborado, apoiando musicalmente eventos, com instituições de caráter social: CPCJ de Valença; Liga Portuguesa Contra o Cancro; APPCDM de Valença e Monção e Universidade Sénior de Valença.  
Como docente trabalhou na Academia de Música de Viana do Castelo e no Agrupamento Muralhas do Minho, Valença, do qual é docente do quadro. 
Em 2011, concluiu o Mestrado em Educação Artística, na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, tendo nesse mesmo ano apresentado uma comunicação sobre a Educação Vocal na Infância, no 7º Encontro Internacional das Artes na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo.
Em 2013, fundou a Academia de Música da Fortaleza de Valença, escola de ensino artístico especializado da música, tendo obtido a homologação do Ministério da Educação em 2014.  É desde a sua fundação diretora pedagógica. 
Em 2016, concluiu o Mestrado em Ensino da Música, na Universidade Católica do Porto. 
Em 24 e 25 de março de 2017, a convite de Luísa Orvalho e Sofia Serra, da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto (UCP), apresentou a comunicação: Ensino Vocacional da Música: Projeto Artístico, estratégias para o envolvimento dos País/Encarregados de Educação na Escola, no âmbito das V Jornadas de Pedagogia no Ensino Artístico Especializado da Música da UCP. 
Em 2018 foi homenageada pelo Rotary Clube de Valença, que lhe atribuiu o Prémio de Excelência Profissional.
Em abril de 2019, foi convidada pela Universidade do Minho para participar no IV Encontro do Ensino Artístico Especializado da Música do Vale do Sousa, tendo apresentado a comunicação: Lideranças e Práticas Pedagógicas no Ensino Especializado da Música, que foi posteriormente publicada. 
É diretora artística do Coral Polifónico de S. Teotónio desde 2011. 
Atualmente, encontra-se destacada pelo Ministério da Educação na Academia de Música da Fortaleza de Valença, da qual é diretora. 

Sobre Telmo Marques
Pianista e compositor portuense, Telmo Marques terminou o antigo Curso Superior de Piano do Conservatório de Música do Porto com nota máxima e licenciou-se em piano pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo.
Concluiu o Mestrado na Universidade de Roehampton no Reino Unido, encontrando-se atualmente a concluir o Doutoramento em Computer Music na Universidade Católica.
Mantém uma atividade de concertista em recitais, ações de formação e concertos pedagógicos. Conta com cerca de cinquenta participações discográficas como pianista, compositor, e arranjador com vários artistas portugueses, do jazz à música clássica, passando pela pop. Neste contexto é um dos orquestradores portugueses mais solicitados, tendo tocado e realizado arranjos musicais para artistas como os GNR ou João Pedro Pais.
Recebe regularmente encomendas de obras para teatro, meios publicitários, organismos culturais e artistas independentes.
Para além da regular atividade de concertista, a solo, em duo, ou integrado em conhecidos projetos musicais, é atualmente professor de Análise Musical e Orquestra Jazz na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo no Porto.

Sobre o "Sente a História”
O programa cultural "Sente a História – Ação Promocional de Música e Património – Novas Abordagens, Novos Talentos” apresenta características inéditas no país. Centrado na capacitação, valorização e no desenvolvimento de competências de diferentes gerações de músicos locais, bem como na criação de novos talentos, o programa decorre de 13 maio de 2018 a 20 de julho de 2019 e envolve os municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.
Além de permitir uma experiência de história ao vivo, onde a música vai ao encontro da arquitetura dos monumentos, contempla três linhas de programação (bandas filarmónicas, coros e jovens solistas do Alto Minho em contexto de música de câmara), tendo como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.
As bandas filarmónicas, com os novos maestros a garantirem o rejuvenescimento desta arte na sequência das ações de capacitação deste programa, vão atuar em contexto de concerto com interpretações surpreendentes com jazz, rock, fado, música barroca, popular ou erudita, em formato acústico ou com o som amplificado.
No que diz respeito aos coros, vai estar também patente o cruzamento da tradição com a inovação. Exemplo disso é o facto de o cantor popular repentista Augusto "Canário” ter escrito as letras das canções que vão invocar as lendas da região. Em paralelo, seis compositores de referência do jazz à música erudita (Afonso Alves, Eurico Carrapatoso, Carlos Azevedo, Fernando Lapa, Mário Laginha e Telmo Marques) compuseram sobre as palavras do sentir tradicional, 10 peças corais polifónicas dedicadas a uma lenda de cada município e, ainda, um Hino do Alto Minho. Vozes de todos os coros da região vão fundir-se no Coro Intermunicipal do Alto Minho, num gran finale a encerrar o projeto em julho de 2019, onde interpretarão todas as canções das lendas e o Hino do Alto Minho.
De modo a fomentar os tesouros patrimoniais do Alto Minho, os dias em que ocorrerem os concertos serão também de património aberto, ocorrendo ainda visitas e tours guiados.  Os horários das aberturas e os locais de interesse a visitar serão divulgados em www.senteahistoria.com, app e nas redes sociais da iniciativa. Em simultâneo irá decorrer um passatempo onde os visitantes poderão registar fotografias suas, tiradas nessas visitas e concertos, habilitando-se a ganhar vouchers para desfrutar em restaurantes da região.
A iniciativa é organizada pela CIM Alto Minho, produzida pela Eventos David Martins e cofinanciada pelo Norte2020 – Programa Operacional Regional do Norte e encontra-se integrada no Ano Europeu do Património Cultural em Portugal.
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