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Empresas do Alto Minho debatem condições chave para a exportação dos seus negócios em oito mercados externos

2014-03-28


Numa iniciativa da Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM Alto Minho), em colaboração com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), decorreu no dia 27 de março, em Viana do Castelo, a conferência "Exportar: Como fazer, com que apoios e para que mercados?”.

Dirigida a PME´s interessadas em iniciar o seu processo de exportação/ internacionalização, esta conferência abordou oito mercados considerados estratégicos e prioritários para as empresas, designadamente China, Indonésia, Angola, Moçambique, Colômbia e Chile, que se encontram, atualmente, em expansão económica, e França e Alemanha, que são mercados mais maduros, mas muito dinâmicos e competitivos, onde também há menos riscos e maior estabilidade.

Os participantes tiveram acesso a informações privilegiadas sobre estes mercados, como a sua realidade económica, social, demográfica e cultural, e aspetos práticos ligados às condições legais de entrada nestes países, através das intervenções, via videoconferência, dos delegados da AICEP especialistas em cada um deles, e do testemunho de duas empresas portuguesas na abordagem a mercados externos, a SANITOP - Material Sanitário, Lda. e a MA Creative Production Group.

A metalomecânica, as energias renováveis, as novas tecnologias de informação e comunicação, a indústria agroalimentar, sobretudo, a gourmet, os vinhos, os têxteis e calçado, o mobiliário e o comércio de marca, foram os sectores apontados pelos vários intervenientes com maior potencial de crescimento nestes mercados e, desta forma, com maior oportunidade de investimento estrangeiro.

Por outro lado, a necessidade de ter uma presença no mercado; a necessidade de, em alguns casos, encontrar um parceiro estratégico que acompanhe o processo de importação e distribuição; o estudo prévio do mercado; a qualidade do produto e os serviços pós-venda; muita persistência e determinação, foram alguns dos ingredientes chave enumerados pelos especialistas para o sucesso da internacionalização das empresas. Na sessão foi ainda notória a disponibilidade demonstrada pelos delegados da AICEP, para prestar apoio aos empresários que pretendam visitar os mercados, quer em viagens de prospeção, quer no âmbito de participações em missões, feiras ou outras ações promocionais.

O programa contou ainda com a participação de Rui Mamede, do Observatório do QREN, que efetuou uma apresentação sobre os principais apoios públicos direcionados à internacionalização das empresas no âmbito do próximo período de programação – "Portugal 2020”, e dos moderadores José Mendes, vice-reitor da Universidade do Minho; Luís Reis, do AICEP; Jorge Miranda, coordenador de projetos da InCubo; Maria Geraldes, diretora do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza-Norte de Portugal (GNP-AECT); e Paulo Ferreira, subdiretor do Jornal de Notícias.
Rui Teixeira, presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC); Luís Ceia, presidente da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL); e José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e do Conselho Intermunicipal da CIM Alto Minho, presidiram à abertura da conferência.

Na sua intervenção, Jose Maria Costa, que fez também o encerramento da sessão, começou por fazer um enquadramento da região do Alto Minho ao nível da sua afirmação no comércio internacional, destacando a sua propensão exportadora, superior à da Região Norte e à de Portugal, e a importância da sua ligação à Galiza (Espanha). "Em termos nominais, as exportações de bens a partir do Alto Minho aumentaram de 668 milhões de euros, em 2004, para 1.217 milhões de euros em 2012, o que representa um crescimento de 82,2% nesse período (+7,8%, em média anual). Este crescimento transcende claramente o que foi verificado tanto na Região Norte como em Portugal. No primeiro caso, as exportações cresceram, em termos nominais, 32,5% entre 2004 e 2012, enquanto no segundo o crescimento foi de 46,4%”, salientou.

José Maria Costa referiu, ainda, que a CIM irá desenvolver outras atividades no domínio da valorização económica do território, em estreita parceria com as principais instituições do setor empresarial e do sistema científico e tecnológico, nomeadamente a organização de visitas ou de sessões de trabalho com embaixadores nacionais e internacionais e de câmaras de comércio, no sentido de apoiar a internacionalização das empresas, mas também de promover a atratividade empresarial do Alto Minho. "Vamos trabalhar em conjunto para encontrar uma estratégia para que as nossas empresas, que estão lá fora, possam arrastar consigo outras empresas do território, sem contudo perderem a sua presença local”, asseverou.
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