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CIM Alto Minho e CEVAL não desistem da luta contra as portagens nas ex-Scut

2013-03-01

Em conferência de imprensa realizada no dia 1 de março, simbolicamente, numa das pontes da A28, junto ao pórtico de Neiva, em Viana do Castelo, os dez presidentes que integram a Comunidade Intermunicipal do Minho Lima (CIM Alto Minho) e a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) reafirmaram as suas preocupações quanto às consequências muito negativas, para as empresas e cidadãos, com o modelo de portagens adotado nas antigas SCUT do Alto Minho.

Num comunicado conjunto a CIM Alto Minho e a CEVAL apontam as 10 razões para defender a economia e o emprego do Alto Minho contra um modelo de portagens que "origina cada vez mais custos económicos, sociais e financeiros para o Estado e tem cada vez menos utilizadores”.

Neste contexto, referem que "não é possível continuar mais tempo” com um modelo que "imputa aos cidadãos e às empresas que vivem, trabalham e investem no Alto Minho, custos cada vez mais insuportáveis em deslocações ou no transporte de mercadorias dentro do seu principal espaço de vida e trabalho quotidiano”.
Por outro lado, segundo o presidente da CIM Alto Minho, Rui Solheiro, o atual modelo "penaliza gravemente a aposta do poder local, das principais instituições empresariais e do ensino superior numa estratégia de acolhimento empresarial e de captação de novos investimentos estrangeiros”, originando mais encargos e colocando em causa a notável evolução da orientação exportadora do Alto Minho na última década, que passou de 30% do PIB em 2004 para 42% do PIB em 2011. 

"Se a região da Galiza fosse um País, seria o 6º maior destino de exportação de Portugal, com valores de exportações mais elevados do que os registados para os Países Baixos, Itália, Estados Unidos ou para a Bélgica e cerca de três vezes superiores aos destinados ao Brasil - Quando a ordem é exportar, exportar, exportar e sensivelmente 4/5 do valor das exportações nacionais para a União Europeia é transportado por via rodoviária, as empresas exportadoras de Portugal não estão em condições de suportar estes novos custos de contexto que lhes foram entretanto impostos de forma brutal e inopinada”, sublinham no comunicado.

Referem ainda que o atual modelo de portagens tem vindo a "esvaziar vertiginosamente” a rede de ex-SCUTS do Litoral Norte (redução de mais de 30% entre Junho de 2010 e Junho de 2012), além de ter contribuído quer para uma queda significativa da procura turística do Alto Minho (sobretudo, oriunda da vizinha Galiza), quer para uma aceleração brutal do número de falências e, sobretudo, dos níveis de desemprego registado no Alto Minho, que apresentam ritmos de crescimento ainda superiores aos que se verificam em Portugal Continental (entre 2010 e 2012, o desemprego registado no Alto Minho cresceu 20% contra 18,6% em Portugal Continental).

Por todas estas razões e apesar da ausência de resposta por parte do primeiro-ministro, a uma exposição conjunta apresentada em janeiro passado sobre esta matéria, a CIM Alto Minho e a CEVAL prometem não desistir e fazer tudo, dentro dos limites legais, para defender a economia e o emprego da região e do próprio País dos efeitos nefastos do atual modelo de cobrança de portagens nas antigas SCUT.

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