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Seminário promovido pela CIM, CEVAL e IPVC apontou caminhos e instrumentos para a internacionalização das empresas do Alto Minho

2014-02-12

“Capacitar, inovar e certificar” – estes são alguns dos fatores chave apontados ontem, dia 11 de fevereiro, no seminário “Exportar, exportar, exportar - A Experiência dos Principais Clusters Regionais”, como forma das empresas do Alto Minho responderem aos desafios da exportação e da internacionalização. Realizado pela Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM Alto Minho), em parceria com a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), este seminário pretendeu, por um lado, reforçar a colaboração interinstitucional na vertente da valorização económica do território e, por outro, promover a partilha de ideias e necessidades das empresas e apresentar serviços e instrumentos de apoio, assim como exemplos de internacionalização no âmbito dos principais clusters regionais.

Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), que presidiu à sessão de abertura, saudou a realização desta iniciativa, realçando que se trata de um bom exemplo de trabalho em rede. Fazendo o retrato da Região Norte de Portugal, Emídio Gomes referiu que esta constitui o “pulmão industrial do país”, representando 38% das exportações nacionais e apresentando um superavit de 5 mil milhões de euros na sua balança comercial. No entanto, para o presidente da CCDRN “não é normal que a região que gera maior superavit seja a região mais pobre do país”. “Somos uma região que não se conforma em continuar a ser uma região de convergência e que tem capacidade de se tornar competitiva”, sublinhou. Emídio Gomes salientou, ainda, que a aposta no I+D, na competitividade e na internacionalização das empresas são matérias que farão parte da sua agenda nos próximos anos e que terão o envelope financeiro mais forte no período de programação 2014-2020, quer a nível nacional, quer a nível regional.

A sessão de abertura contou também com as intervenções de Rui Teixeira, presidente do IPVC; de Luís Ceia, presidente da CEVAL; e de José Maria Costa, presidente da CIM Alto Minho, que destacou a importância das CIM terem acesso direto, em parceria com os principais atores regionais, a linhas de capacitação institucional (FEDER e FSE) enquadradas no Objetivo Temático 11 do próximo acordo de parceria, para dar continuidade a este tipo de iniciativas no próximo ciclo de fundos comunitários.

Seguiu-se uma sessão em plenário sobre os “Instrumentos de apoio à Internacionalização – Balanço e Perspetivas e Principais Apostas”, que serviu para apresentar algumas instituições financeiras que apoiam as empresas portuguesas na gestão dos seus créditos comerciais e no investimento direto no estrangeiro, assim como instrumentos comunitários e serviços de apoio à internacionalização. Foram oradores neste painel Paulo Lopes, presidente da Comissão Executiva da Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento, Instituição Financeira de Crédito; José Monteiro, diretor coordenador da Companhia de Seguros de Créditos; José Epifânio da França, presidente da Portugal Capital Ventures – Sociedade de Capital de Risco; Luís Reis, da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP); e Piedade Valente, vogal da Comissão Diretiva do COMPETE.
 
Com um formato diferente do habitual, o seminário integrou ainda várias sessões paralelas sobre “Especializações Inteligentes & Clusters Regionais: Como exportar, com que apoios e para que mercados?”, organizadas com base nos principais clusters regionais do Alto Minho, nomeadamente “Energia & Construção”, “Componentes de Automóveis e Tecnologias de Produção”, “Agroalimentar e Vitivinicultura”, “Floresta & Pedra”, “Mar” e “Turismo”. As sessões foram moderadas, respetivamente, por Luís Braga da Cruz, presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves; Fernando Sousa, vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e afins de Portugal (AIMMAP); Adelino Bernardo, diretor regional adjunto da Agricultura e Pescas do Norte; Daniel Campelo, ex-secretário de estado das Florestas e Desenvolvimento Rural; e Ricardo Luz, da Gestluz Consultores.

A necessidade de conhecer os mercados externos e de partilhar competências e privilegiar estratégias comuns para atingir efeitos de escala e ter acesso a outras oportunidades; a introdução de valor acrescentado nos produtos, apostando na sua diferenciação, especialização ou inovação, design, marketing e certificação; promover a qualificação e a capacitação das empresas e uma maior proximidade ao conhecimento científico e aos processos de engenharia portuguesa; a igualdade no acesso a instrumentos de financiamento, foram algumas das conclusões destas sessões, que contaram com a participação de um vasto conjunto de entidades associativas e empresariais.

Refira-se que este seminário está enquadrado na estratégia “Alto Minho 2020” dinamizada pela CIM, em parceria com os principais atores regionais e com o apoio da empresa Augusto Mateus & Associados, e que consensualiza uma visão para este espaço regional, as suas prioridades de desenvolvimento e os projetos âncora a desenvolver no horizonte 2020.

Após este primeiro seminário, a CIM Alto Minho pretende dar continuidade a este tipo de iniciativas, através da organização conjunta com o CEVAL e o IPVC e a colaboração fundamental da AICEP, já no próximo dia 27 de março, de um evento dedicado aos principais mercados externos. Por outro lado, é intenção da CIM desenvolver outras atividades no domínio da valorização económica do território, nomeadamente a organização de visitas ou sessões de trabalho mensais de embaixadores nacionais e internacionais e de câmaras de comércio e ações de capacitação de empresas para a internacionalização.

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