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Alto Minho precisa de criar valor acrescentado nos seus recursos endógenos para ser competitivo

2012-04-23

O Alto Minho precisa de dotar os seus recursos endógenos de maior valor acrescentado para ser economicamente competitivo – esta foi uma das ideias chave do II Seminário “Alto Minho: Desafio 2020”, realizado no passado dia 19 de Abril, no Centro de Apoio às Empresas, em Vila Nova de Cerveira, pela Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM Alto Minho).


O debate sobre os contornos de um novo modelo de competitividade mais orientado para a criação de emprego e para a geração de riqueza no Alto Minho, foi o grande objetivo deste seminário, que reuniu cerca de duas centenas de participantes, além de um reputado painel de oradores regionais, nacionais e estrangeiros representativo de várias entidades e com responsabilidades em alguns dos clusters empresariais mais relevantes da região.


Integrando dois painéis temáticos, procurou-se, no primeiro, conhecer as principais tendências e os possíveis modelos de ação da política pública para a promoção da competitividade, quer no que se refere a alguns dos setores essenciais para o futuro da economia do Alto Minho - como são os casos da floresta, da energia ou do mar, quer no que respeita ao desenvolvimento de políticas de re-industrialização ou de clusters ao nível da União Europeia e da vizinha Galiza.


Da parte de tarde decorreu uma mesa redonda sobre “as perspetivas futuras para uma região mais competitiva”, enquadrada por uma intervenção de Augusto Mateus, coordenador do Plano de Desenvolvimento do Alto Minho 2020, que abordou as potencialidades competitivas do Alto Minho e apresentou as primeiras propostas de intervenção para reforço da base empresarial através da valorização dos recursos da região.


Um Alto Minho que aposte na valorização dos seus recursos através da especialização, diferenciação, inovação e, acima de tudo, da internacionalização, foi o modelo de competitividade apresentado por Augusto Mateus, que, na sua opinião, pode levar a região a ter êxito. “O Alto Minho tem que alargar os seus horizontes para ter sucesso naquilo que é o seu valor acrescentado”, sublinhou. Augusto Mateus deu como exemplo os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, defendendo a sua especialização para serem competitivos à escala nacional e internacional.


O estreitamento de parcerias no contexto da euroregião Galiza/ Norte de Portugal, uma maior qualificação dos recursos humanos, a articulação entre empresas e instituições de ensino superior e a gestão descentralizada de programas operacionais regionais e nacionais, foram outras das prioridades apontadas ao longo do seminário para alavancar a competitividade da região.


O secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, que presidiu à sessão de encerramento, enalteceu “a visão conjunta” que existe no Alto Minho, na consensualização de uma estratégia que vise o desenvolvimento e a sustentabilidade do território, salientando que é um exemplo, a nível nacional, em termos de cooperação intermunicipal.


Refira-se que este foi o segundo de um conjunto de seis seminários do “Alto Minho: Desafio 2020”, iniciativa da Comunidade Intermunicipal que, até ao primeiro trimestre de 2013, definirá as linhas de intervenção para o horizonte 2020, através de um plano estratégico para a região. Para o presidente da CIM Alto Minho, Rui Solheiro, este plano deverá ser consensualizado e assumido por todos, para aproveitar as oportunidades do período de programação de 2014-2020. Os próximos três seminários temáticos, dedicados às vertentes Região Conectada, Região Atrativa e Região Resiliente, completarão a abordagem sobre os fatores chave para o desenvolvimento do Alto Minho.

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