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Augusto Mateus apresenta à CIM questões centrais para o desenvolvimento do Alto Minho

2012-02-10

A reunião do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM Alto Minho) realizada no dia 9 de Fevereiro, em Ponte de Lima, foi marcada pela apresentação, por parte do antigo ministro da Economia, Augusto Mateus, do diagnóstico estratégico “Alto Minho: Desafio 2020”, que corresponde à primeira das três fases de elaboração do Plano de Desenvolvimento, e pelo levantamento das questões centrais para o futuro do Alto Minho.


Segundo Augusto Mateus, este estudo desenvolvido pela sua empresa e para o qual muito contribuiu a informação recolhida junto dos protagonistas do território, analisa a situação atual do Alto Minho em termos demográficos, económicos, infraestruturais e de recursos endógenos e de equipamentos, constituindo um instrumento que irá ajudar a traçar as principais linhas de intervenção nos próximos 10 anos.    


Augusto Mateus considera que o Alto Minho poderá afirmar-se como um território com recursos naturais e patrimoniais de grande valor que importa preservar e potenciar enquanto atrações turísticas de excelência, em paralelo com um desenvolvimento territorial coeso e competitivo, integrado e em rede, ao nível dos seus 10 concelhos.


Como principais problemas da região aponta o envelhecimento da população, as dificuldades competitivas das empresas e o desemprego. Para inverter esta situação defende o reforço das relações com Espanha, e a Galiza em particular, para atração de novas empresas e de mão-de-obra jovem e qualificada e garantir a capacidade competitiva das empresas no mercado espanhol.
A afirmação da competitividade da região pode passar, segundo Augusto Mateus, pelo sector agrícola “empresarial” competitivo, com especial enfoque no sector vitivinícola, e uma aposta na fixação de empresas industriais sobretudo ligadas ao sector automóvel, aproveitando o cluster automóvel galego, mas também noutros sectores. Por outro lado, as atividades ligadas ao mar e aos rios poderão também constituir, no seu entender, uma alavanca para a criação de emprego e afirmação do turismo.


Refira-se que o processo de construção do Plano irá desenrolar-se até ao primeiro trimestre de 2013, incorporando momentos de envolvimento e participação pública, quer na construção de uma nova visão estratégica sobre e para o desenvolvimento do Alto Minho, quer na seleção de iniciativas estruturantes em torno de quatro grandes objetivos: “tornar a região mais competitiva, mais conectada, mais atrativa e mais resiliente”.


Para o presidente da CIM Alto Minho, Rui Solheiro, este deverá ser um documento que espelhe, fundamente, organize e dê coerência às aspirações e anseios das populações e dos agentes económicos e sociais da região, proporcionando linhas de orientação coerentes e bem definidas para as medidas, projetos e políticas a implementar ao longo dos próximos 10 anos.


Recorde-se que o arranque do Plano de Desenvolvimento do Alto Minho foi marcado por um Seminário, que se realizou no passado dia 12 de Janeiro, no Auditório do Castelo de Santiago da Barra, em Viana do Castelo. A este seminário de arranque seguir-se-ão cinco seminários temáticos e diversas sessões de trabalho, ao longo dos 18 meses em que decorrerá a definição da estratégia para encarar o desafio do Alto Minho para 2020.

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