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"D. Teresa e o governo da Terra portucalense (1112-1128)"

2021-05-31
Ciclo de Conferências “Estórias do Minho – Narrativas no Feminino de uma Geografia Identitária” dia 19 de junho em Guimarães com transmissão online


A nona conferência, inserida nas II Jornadas Históricas da Feira Afonsina, será realizada às 14h45, no Paço dos Duques de Bragança, subordinada ao tema “D. Teresa e o governo da Terra portucalense (1112-1128). No momento em que o conde Henrique de Borgonha faleceu (1112), o reino de Leão e Castela atravessava uma conturbada situação política e militar, que se agravara consideravelmente desde a morte do “imperador” Afonso VI (1109). A intrincada conjuntura precipitada pelo casamento de Urraca de Leão com Afonso I de Aragão, logo ficou marcada por enfrentamentos políticos que atravessaram todo o Norte cristão peninsular e culminaram muitas vezes em confrontos militares. Para além dos monarcas, também as diferentes elites do reino e a mais elevada hierarquia eclesiástica assumiram protagonismos diversificados, ditados sobretudo por interesses pessoais e temporários sempre voláteis. A infanta Teresa, acabada de chegar ao governo pleno do Condado portucalense, rapidamente assumiu um papel preponderante no Noroeste hispânico e um crescente intervencionismo no conjunto da monarquia.

A relevância da sua ação não podia deixar de se refletir no interior do Condado e, em particular, na conduta dos mais destacados senhores portucalenses. É precisamente este o cenário que melhor permite compreender e explicar o governo de Teresa que, sob vários pontos de vista, não apenas antecedeu como muito concorreu para a ascensão ao poder de seu filho, o infante Afonso Henriques. 

Esta conferência será proferida por Luís Carlos Amaral, Docente do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, investigador do CITCEM-UP e membro do CEHR-UCP. Pelas 21h00 estará em debate, na Casa Sarmento, “D. Teresa e a mulher medieval: norma ou exceção? Imagens da Idade Média no feminino”, por Isabel Stiwell, jornalista e escritora contando ainda com a participação de Arnaldo Sousa Melo, Professor Auxiliar com Agregação do Departamento de História, do Instituto de Ciências Sociais (ICS), da Universidade do Minho (UM). Investigador do Lab2PT - UM; investigador associado do LAMOP – Université de Paris 1 Sorbonne. Doutor em História da Idade Média e com a moderação de Samuel Silva, jornalista do diário PÚBLICO, especializado em temas de Educação e Ensino Superior.

Neste Ciclo de Conferências que percorrerá os 24 municípios do Minho, pretende-se valorizar um olhar inovador sobre a herança cultural do Minho rememorada no feminino, enquanto sociedade de forte tradição matriarcal, propiciando uma narrativa congregadora de saberes e valores identitários que importam estudar, conhecer, cuidar, preservar, valorizar e divulgar. Destaque ainda às 22h00 para a peça de teatro “Ego regina Taresia de Portugal”, da responsabilidade do teatro ItinerantEnredo. 

As II Jornadas Históricas da Feira Afonsina serão transmitidas online através do link: https://www.facebook.com/Municipio.Guimaraes/.

Segue-se ainda neste mês em Cabeceiras de Basto, no dia 25, sexta-feira, pelas 17H30, na Casa da Lã, a décima conferência com o tema O Minho nas Mãos das Mulheres de Bucos e ainda em Esposende, no dia 26, às 21h00, com o título Entre a Terra e o Mar: as Mulheres, a Economia e o Ordenamento do Território.

A participação nestas sessões é gratuita, contudo e considerando as regras de ocupação do Paço dos Duques de Bragança e na Casa Sarmento, por razões de segurança sanitária, solicitamos, que, na possibilidade de participação, a inscrição seja efetuada através do link www.minhoin.com, de forma a procedermos à respetiva reserva. As inscrições são limitadas, assegurando as recomendações e regras da DGS (orientação 028/DGS) na prevenção do Covid 19.


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